terça-feira, 15 de junho de 2010

DESCONCERTAR

Eu encontro verdadeiramente as pessoas inclusive nos pontos dos ônibus tantos avós amigos amores crianças das minhas mesmas cores alegrias dores tão outros vários diferentes diversos dispersos imersos de mim em mim presentes olhares sorrisos mesmo ausentes me devolvem sempre turbulenta paz enquanto solidões alheias abraçam e se abraçam em minha eterna solidão amores se amando aqui dentro vazam deságuam transbordam drenam irrigam o que somos nossos rios mares todos um só em plural de espelhos sem metalinguagem é a coisa que sou de você em você em mim no silêncio sem sentido sentindo sentidos mil ensaiando sobre o caos que só o é sem ser. Desconserte-se-me.

7 comentários:

Vivian Garcez disse...

Aaaaaaaaaaaaaaaaaai me apaixonei por esse post *-* Primeiro li devagar e foi uma sensação... dai eu li rápido e foi outra sensação completamente diferente, e aí eu li denovo e nusgaaaa ta na minha lista das melhores escritoras *-*

Lívio disse...

Por falar em as aspas:

"De dentro o que por fora se revela (Lao-Tsé).

"O que somos é consequência do que pensamos" (Buda).

"A boca fala do que está cheio o coração" (Cristo).

"Todo mundo é parecido quando sente dor" (Frejat/Dulce Quental).

"People are the same wherever you go" (Paul McCartney/Stevie Wonder).

"You are me/I am you" (de uma canção do Kiss).

Gabriela Maria disse...

Obrigada, Vìvian!

Muito bom, Lívio. =)

Carol Martins disse...

Sou, somos, seremos, sejamos.
Parece até quando a gente vai despejando tudo que tem dentro duma jarra de suco de morango no chão.

guilherme nunes disse...

I am he as you are he as you are me and we are all together.

Gabriela Maria disse...

Hum, Carol, q comparação deliciosa. E desconcertante. ;)

É isso, Gui, é muito isso.

Anônimo disse...

Somos uno ao universo, mas o universo também depende da gente.