Sou invenções extremas de mim, que se alternam para sobreviverem. Outra inventa uma certinha, socialmente adaptada, conservadora, moralista, que beiraria a arrogância se não se sentisse invariavelmente tão só. Quer casa, marido, filhos. Esta, talvez por achar a vida sempre tão simples e fácil, não tenha motivos para se doer e por isso mesmo para se suportar, porque... né?! Então uma inventa outra, esta que subverte, despertence, toca-se, abre em si mil feridas e cutuca pelo prazer de ver-se sangrar, de sentir-se viva, humanamente estranha. Mergulha em contradições sinceras, absurdas, exaltadas, indizíveis, até tornar-se novamente intragável e, outra, reinventar uma, num ciclo que não tem mais início-meio-fim. Um ciclo que, por nem se ter, consegue (apenas, indiferente) ser. Mas agora não há aqui nenhuma delas. Talvez seja esta a liberdade: a possibilidade de ser nenhuma das que eu (não) seria. Hoje, sem pleonasmos, eu invento as invenções.
A Bebel me deixa com cara de pastel
Pastel de vento
Que é pra voar lá longe
Onde a tristeza nunca vai me alcançar.
*Pedro Antônio de Oliveira*
3 comentários:
É, já que todo homem no mínimo é dois
Muito legal o seu blog! achei interessante, post legal!
Se puder passe pelo meu blog também!
http://vainafequeda.blogspot.com/
Há muitos em nós.
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