Deixem em paz o meu amor, minhas lembranças, os meus valores e odisséias. Deixem em paz minhas dúvidas, o meu passado, minha tristeza, meu desespero, o meu cansaço. Deixem em paz meu não querer, a minha ausência, os meus silêncios, meus vazios, minhas multidões. Deixem em paz a minha arte.
Deixem em paz o meu medo, os meu sins, minha raiva, os meus espelhos, minha saliva, a indiferença. Deixem em paz os meus ouvidos, os meus pra sempres, minhas falências, meus absurdos, as desistências, as minhas faltas, minhas solidões, os meus excessos, meus equilíbrios, meus vícios, meus desapegos. Deixem em paz o meu sexo.
Deixem em paz as minhas lágrimas, meus gritos, minha surdez, meus descaminhos, meu lixo e meu barulho. Deixem em paz o meu canto, a timidez, meu salto alto, meus delírios, minha calma, os nãos, minha presença, o meu abraço, minha fraqueza, meus abandonos. Deixem em paz o meu tesão, a minha dança, os meus abismos, os meus cabelos, as minhas travas e os meus banhos. Deixem em paz os meus limites.
Deixem em paz os meus olhos, as rejeições, minhas mentiras, meus arrepios, os nuncas mais, a minha fome, meu sono, meus desdizeres, as controvérsias, a minha força, meus pensamentos e meu futuro. Deixem em paz a minha boca, a minha pele, minhas feridas, minhas potências, as cicatrizes, meu sangue, meu mijo, meus tênis, meu chocolate, as minhas garras, meu cobertor, a minha merda. Deixem em paz o meu desejo.
Deixem em paz meus suicídios, filosofias, minhas loucuras, meus sonhos, meus horizontes e meus impulsos. Deixem em paz o meu discurso, minhas verdades, os meus avessos, minhas partidas. Deixem em paz meus homicídios, minhas saias, os meus perdões, minhas culpas, meus dramas, o meu cansaço, o meu cansaço, o meu cansaço. Deixem em paz os meus temperos.
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Deixem em paz o meu medo, os meu sins, minha raiva, os meus espelhos, minha saliva, a indiferença. Deixem em paz os meus ouvidos, os meus pra sempres, minhas falências, meus absurdos, as desistências, as minhas faltas, minhas solidões, os meus excessos, meus equilíbrios, meus vícios, meus desapegos. Deixem em paz o meu sexo.
Deixem em paz as minhas lágrimas, meus gritos, minha surdez, meus descaminhos, meu lixo e meu barulho. Deixem em paz o meu canto, a timidez, meu salto alto, meus delírios, minha calma, os nãos, minha presença, o meu abraço, minha fraqueza, meus abandonos. Deixem em paz o meu tesão, a minha dança, os meus abismos, os meus cabelos, as minhas travas e os meus banhos. Deixem em paz os meus limites.
Deixem em paz os meus olhos, as rejeições, minhas mentiras, meus arrepios, os nuncas mais, a minha fome, meu sono, meus desdizeres, as controvérsias, a minha força, meus pensamentos e meu futuro. Deixem em paz a minha boca, a minha pele, minhas feridas, minhas potências, as cicatrizes, meu sangue, meu mijo, meus tênis, meu chocolate, as minhas garras, meu cobertor, a minha merda. Deixem em paz o meu desejo.
Deixem em paz meus suicídios, filosofias, minhas loucuras, meus sonhos, meus horizontes e meus impulsos. Deixem em paz o meu discurso, minhas verdades, os meus avessos, minhas partidas. Deixem em paz meus homicídios, minhas saias, os meus perdões, minhas culpas, meus dramas, o meu cansaço, o meu cansaço, o meu cansaço. Deixem em paz os meus temperos.
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13 comentários:
(Caramba, Gabi! Isso sim é escrever com alma, vísceras e coração!)
...deixem em paz o que é meu, para que seja meu, somente meu, enquanto eu ainda houver.
Adorei.
Beijo.
Obrigada, Lara e C., é tudo isso mesmo.
é... me deixa uai...
Em paz e deixando em paz, passo por aqui.
Vcs são maravilhosos.
Oi Gabriela!
Claro que este comentário não se refere apenas a este post, mas à forma como tu escreve, à tua capacidade de tocar, de sensibilizar, de preencher onde não há, de doar o que não foi solicitado, de retirar o excesso e devolver com abundância ainda maior, de convidar à luz ou às trevas a quem está habituado com a penumbra, de despertar possibilidades, de ensejar descobertas, de fazer desejar o indesejável, enfim, de dourar o que há de oxidado na alma de cada um.
Portanto, fique certa disso: não há como passar ileso por teus escritos! Felizmente! Acho que ao artista não há prêmio maior do que este. E tu certamente merece!
Um grande abraço!
P.S. E passo a ser teu leitor assuidíssimo.
voltei, voltarei...
Nossa, Jorge... fiquei sem fôlego ao ler seu comentário. Não tenho o que dizer, além de 'obrigada'.
Ericka, vc será sempre bem vinda. Volte, sim. =)
Um vazio que, pelo que leio e sinto no seu blog, não substitui os seus girássois.
De qualquer forma, eu adorei o comentário! rsrs
E sei que preciso mesmo tomar esse cuidado, mas já precisamos ser moderados e controlados em tantas coisas, que chega a ser triste ter que dar proporções à esperança também.
Um beijo,moça ( E boa sorte com as vísceras) !
Obrigada, C.. =)
Gabi... quando sai um livro???? Por que eu leio "vc" e descubro tanta gente! Eu me leio aqui e me descubro tantas vezes. Ahhh escreve um livro ... =D
Poxa, Vívian, q legal! Tomara q saia um livro um dia. =)
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