Tantas pessoas vêm e vão num espaço de tempo que é e parece sempre tão curto... e a gente parece sempre estar neste lugar cruel de quem fica, de quem, mesmo tocando a vida, mesmo escrevendo lírica, espera o próximo (re)encontro. Que será de nós-emigrantes nos corações alheios? Será que a espera de lá é igualmente doída, ansiogênica? Será que dá neles vontade de que saibamos tudo o que lhes foi na nossa suposta cruel ausência? Será que na hora do (re)encontro esses anseios todos se esvanecem e dão lugar ao silêncio, mesmo falado, do simplesmente existir? Eu nunca antes reparei, mas posso apostar, aqui, em espera, sinceramente, que sim.
há qualquer coisa de sagrado
nessa minúcia escorrida
da poesia deixada no chão
ao lado da cama
essa poesia
não precisa ser lida
coloco um bom som
há anéi...
7 comentários:
Não sei se há espera de lá (a rigor, não acredito na espera de lá nem que haja esse lá), mas sei o que é a esperança daqui.
(Aliás, farei disso uma postagem.)
Valeu, Lívio! Gostei.
Gabi, fico pensando nos encontros que não aconteceram e nos que aconteceram e não curti o bastante e hoje sou estou tão limitada(física, psicologicamente)e a impressão que tenho é que tudo vem e vai e eu tô sentada à beira do caminho e não consigo dar nem um oi. Beijos, saudades. Dora
Gabriela Maria, lindo seu nome,
os desencontros, sempre de arames farpados, deixam marcas tênues na pele. O silêncio é de chumbo e o coração às vezes pesa.
Abraço grande,
Gustavo
Dora, penso que as vezes o vento leva ao destinatário o oi que, em pensamento, a gente achou que não deu.
Gustavo,penso também que os desencontros conspiram novos (re)encontros. O nome disso é que deve ser saudade.
estou com saudades
os desencontros deviam ser deletados de nossa vida
as memórias às vezes são tão difíceis de carregar...
eu nunca itnha reparado nessa foto que vc colocou no seu blog....
depois fui procurar ela aqui...
gosto dela. e acho que ela passa muita coisa.. não sei... não é nem me gabando.. é porque fiquei surpresa com a foto e o quanto de energia ela tem... mesmo sem nunca ter reparado nela #medo ahuahauha
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