domingo, 23 de janeiro de 2011

SOBRE A MISOGINIA

Que mãe é essa que você não consegue admitir amar nem odiar com tamanha devoção? Que pai é esse que tanto a feriu, mas a você, você mesmo não sabe o que fez? Não precisa odiar a mamãe até ficar velho, menino, nem odiar as meninas que, com tanto carinho, dela vierem depois. Ela fez tudo o que pôde e é por isso que você está aí. E não precisa odiar o papai para sempre porque ele a machucou; isso é problema entre os dois - saia dessa briga que você não comprou e leve só o amor, que foi tudo o que, de mal jeito, eles tentaram lhe entregar. Perdoe e adote essas duas crianças brigonas. E agora olhe para frente e veja a mulher que vem chegando, enfeitando seu futuro de presente. Abrace essa vida que é sua, moço, antes que murcha o jardim, que acabe a música, que se ponha o dia...


(post dedicado a Geisy Arruda e a todas as mulheres e figuras femininas que, ao crescer da humanidade, de alguma maneira, já sofreram quaisquer agressões e/ou perseguições físicas, morais e/ou iconográficas. Leia mais sobre misoginia aqui.)

2 comentários:

Hellen Dirley disse...

Bebela Psicológa:
Que tal sugerir ainda que se abra espaço para um "novo homem", que compartilhe com a nova mulher e, que lhe traga amor a enfeitar o futuro e o presente?!
Beijocas! Bom te ler, melhor ainda saber e sentir você atuante.
Fique sempre bem.

Gabriela Maria disse...

Está sugeridíssimo, Hellen! Mas por enquanto "Bebela" liriqueira mesmo, que eu até prefiro, viu... leva ainda um ano ou mais de paciência e resignação pra conseguir o título psicóloga, ainda mais com as boas novas que vem chegando. =)