O desafio tem sido a mim mesma, e não a nenhum de vocês. Domar os meus excessos, encontrar pertencimento... eu me apaixono sim, o tempo todo, por quem quer que se disponha, mas nada disso tem me parado. Não quero casa, não quero colo, não quero ouvir a coisa certa na hora errada, então me poupem de ter que explicar que de vocês qualquer coisa a mim basta. Aqui dentro não há expectativa, só gesso, embora eu ferva o tempo todo com verdade. Uma vez ou outra é suficiente, de vez em quando, não tentem me convencer, eu não vou entregar nada disto. Não preciso de ninguém me amparando, com essa breguice de esquecer o cinismo que só existe na frieza da minha solidão. Não preciso e não quero. Nem mãos dadas, nem carinho gratuito, nem admiração. O sossego não me agrada, ansiedade é meu vício, eu quero a montanha russa, a altura, a raiva e o medo. Quero a força, cacos não me inspiram, agora só vejo a cola. E se vocês não aceitam bem isso, fiquem um pouco mais longe, um pouco mais quietos, um pouco mais pacientes. Nada disso me interessa agora. Esta farsa que virou pele e ninguém se atreve a desnudar. E cada mentira é um espetáculo particular. Sim! Bis! Mais um! Para você.
Tendo visto com que lucidez e coerência lógica certos loucos justificam, a
si próprios e aos outros, as suas ideias delirantes, perdi para sempre a
segur...