quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

ABOLIÇÃO

Doa o que definitivamente dói - em nós e em você. Mas nós te libertamos. Pode ir, filha. Você tem mundos a encarar e a construir. Dos nossos sucessos e fracassos cuidamos nós. Mas fique um pouco por perto, não suma, não. A gente também quer cuidado e atenção, se não for pedir muito - é que nos acostumamos bem ao seu abraço. Gratidão não, que não há satisfação maior do que ver você aprendendo a andar.

Há mesmo as coisas inevitáveis e temos invariavelmente de vivê-las e lidar com elas - a desarmonia, a doença, a morte. E cada um faz o que pode. Vai, filha, porque eu confio e acredito que você não fará menos. Nem menos faremos nós.

E entre nós cabe sempre a mais um par de pernas, um novo caminho, uma nova dança. Então, filha, sem medo e sem culpa, vai, que a família ainda é esta; é nossa.

6 comentários:

Lívio disse...

Que a filha vá, mas que a partida dela não signifique rompimento.

Instituto Promil disse...

Seu blog tambem é muito criativo e interessante

dê um clique:
institutopromil.blogspot.com

Cleice Souza disse...

Passarei aqui mais vezes. Que blog bacana!

João A. Quadrado disse...

[que estranho: mesmo em sentido contrário, me lembrei do "dia em que vim embora", da Élis...]

um imenso abraço, Gabriela

Leonardo B.

Gabriela Maria disse...

Leornardo, muito obrigada pelos comentários, por seguir o blog. Tenho lido, aos poucos, os seus blogs tbm. Gosto muito. Uma hora dessas, quando as palavras vierem, comento.

C., obrigada!

E é isso aí, Lívio. =)

Losterh disse...

Oh, se há tempo não sonho. Mas cada vez mais distante, como é de um adolescente rebelde que nada faz por si mesmo.
Mas ah, minhas tardes de trabalho duro.