"Vi flores nascerem em lugares pedregosos
E coisas gentis feitas por pessoas de má aparência,
E a taça de ouro ganha pelo pior cavalo nas corridas,
E, assim sendo, eu também confio." (John Masefield)
Dei mais atenção às ervas daninhas que enfeiaram grandes jardins,
Às coisas pérfidas feitas por gente que sedutoramente sorria
E aos bons cavalos que nunca ousaram sequer competir.
Por isso, talvez, eu ainda prefira desconfiar.
Vide Epitaphius.
A Bebel me deixa com cara de pastel
Pastel de vento
Que é pra voar lá longe
Onde a tristeza nunca vai me alcançar.
*Pedro Antônio de Oliveira*
5 comentários:
a vida engana
com a gente
se engana
sempre
mas só assim a gente aprende.
O Bandeira escreveu que a poesia é "nódoa no brim". Pode também ser a erva daninha que enfei(t)a o jardim...
Pois como as árvores podem ser secadas até sobrar apenas casca por alguma flor que venha pedir auxílio, eu prefiro desconfiar.
Se as folhas e as raizes fossem confiáveis não seriam cúmplices de tal parasitismo.
Portanto, prefiro desconfiar. Prefiro a indiferença que sustenta ao carinho que apunhala.
Relatividade, caos, Murphy, cordas?
Ah, é ilusionismo, mesmo.
Muito obrigado pela cordial referência, Gabi. Abraços.
Postar um comentário