quinta-feira, 3 de março de 2011

MONTE CASTELO

Que desencontro é este? Será que você não percebe o quanto, por nós dois, também eu tenho me esforçado pra melhorar? Pra quê cobrar amor toda hora? Pra quê duvidar? É claro que eu sinto raiva - algumas coisas, sobre como vejo o mundo, estão bastante erradas e isso me eriça. Mas não é porque eu sou tão humana, a ponto de esbravejar, que falta aqui amor. Sobra amor, amor. O que não dá é pra tolerar desconfiança, ingratidão. É injusto comigo, é injusto com você, que temos tentado, duramente tentado. Desculpe se nem tudo eu consigo - não sou mesmo perfeita, mas nem perfeito é você. E, mesmo assim, amo. Muito. Demais. Porque foi assim que, desde cedo, aprendi, a la Drummond: "e na concha vazia do amor a procura medrosa, / paciente, de mais e mais amor. / Amar a nossa falta mesma de amor, / e na secura nossa, amar a água implícita, / e o beijo tácito, e a sede infinita." E eu amo, assim, você. Mas é assim que, a mim, tão igual e infinitamente, também eu amo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Gabi,
leio suas postagens, e, como essa, fico preocupada e torcendo para que vc não esteja fazendo a "alegria" de um cafajeste imbecil qualquer...um demente sádico esquizofrênico egocêntrico mal-resolvido.Vc é joia rara pra ser disperdiçada com um sujeito desses.
E se ame, ame-se muito, pois este é o egoismo mais salutar que conheço, nos traz equilíbrio e harmonia pra viver.Mas se não for, deixa pra lá.Desconsidere o comentário,ok?
beijos
Chris

Gabriela Maria disse...

Chris, estou fazendo a alegria de alguém que está fazendo a minha tbm. Tão humano e imperfeito qto eu, mas com amor próprio e amor um ao outro, do bom e verdadeiro, a gente chega lá! =*