domingo, 15 de maio de 2011

DOIS

Nada foi como eu pensei e eu já nem sei se posso mais chamar você de amor com a sinceridade de outrora. Pedi tanto que você não me desse tempo suficiente pra que eu descobrisse quem eu sou sem você... é, querido, eu tenho descoberto e, sobretudo, tenho gostado. Agora eu não sei se você pode continuar me amando assim, inteira - tentando se recompor inteiro sem me fazer sua outra metade também - ou se as coisas vão começar a caminhar para novos recomeços - você sem mim, eu sem você. Eu não sei quem é você inteiro. Quem é você sem mim? Será que podemos seguir juntos na mesma estrada, com objetivos suplementares e ainda assim de mãos dadas? Será que podemos não nos perder daqui para frente em ode à história tão linda que já vivenciamos tão almalgamadamente juntos? Olhe nos meus olhos e diga que vale a pena, que há jeitos, que há caminhos, que há versões, versinhos, canções... de amor, de abraço, beijo e carinho, ainda, a nós dois. Eu nos quero juntos, mas preciso que você queira também - um abraço gostoso só se dá a dois. E é isso. Você e eu, inteiros, e não metades de um. Quem você é agora ainda é capaz de amar quem eu sou? Um e um pode mesmo, enfim, ser dois?


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