Não liguei pra você
pra falar de saudade
ou dizer que evito, em vão,
pensar em nós.
Não liguei pra rirmos juntos
de qualquer coisa boba
ou pra saber como foi seu dia
e contar sobre o meu.
Não liguei pra ouvir sua voz,
risada e respiração
nem pra ouvir de você o meu nome
e dizer, convulsa, o seu.
Não liguei pra falar de música e poesia,
de filosofia e cinema,
de estrelas e política.
Não liguei, simplesmente.
E você não ligou.
Porque a linha do telefone
denunciaria ausências.
E somos pura presença.
Um no outro.
Transcendendo, subliminares,
espaço, silêncio e tempo.
Naquele tempo de muitos sonhos e poucos compromissos, eu adorava caminhar
com a Wal pela tarde. Mas aí percebi que, além de ela não conseguir ficar
sa...
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