Todas as canetas conspiram entre si
e sempre param de funcionar
quando mais se precisa delas.
Eis que Marina apresenta-me
as canetas mais fiéis que já conheci.
Tão macias e leves,
elas patinam, solidárias, poesia no papel.
Impressionam-me as tristeza,
misantropia, lealdade e obstinação,
ainda que falhas, de algumas canetas.
A Bebel me deixa com cara de pastel
Pastel de vento
Que é pra voar lá longe
Onde a tristeza nunca vai me alcançar.
*Pedro Antônio de Oliveira*
Nenhum comentário:
Postar um comentário