domingo, 16 de agosto de 2009

SOBRE GELEIRAS E VULCÕES

Existe um momento em que as ilusões caem por terra e a gente descobre que nada nem ninguém, senão nós mesmos, pode ocupar o centro de nossas vidas...

Será que, depois de tanta vida se procurando, se inventando e se desequilibrando em centros externos ao devido, a verdade pode ser suportável?

Será que, quando essa verdade bate a nossa porta, a gente definitivamente cai pra se levantar sobre o pronto gravitacional certo? Ou a gente definitivamente cai - porque prefere não (se) enxergar o ponto certo?

Será que, desta vez, eu me levanto sobre o ponto certo e consigo me equilibrar? Será, enfim, que eu me levanto? Por quanto tempo mais, até a próxima queda?

Por que será que viver dói tanto? Sentir dói tanto... até ser feliz dói... viver é intenso demais pra mim! A vida é tão longa, Deus, tão exaustivamente longa... e ela só me deixará quando eu, finalmente, aprender a suportá-la. Por outro lado, eu não a suportaria morna. Cazuza disse que morrer não dói. Deve ser isso que me afasta da morte. A morte é morna demais pra mim. Morrer ainda é pouco.

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