É que deve haver um nome que ainda não disseram. Não disseram porque não conheceram. Eu procurei, por muito tempo, por todo lado, explicações sobre amor, paixão, amizade, fraternidade. Mas isto que existe aqui desmente todos os poetas e todos os dicionários. E engana todos os sentidos com uma verdade tão pura que me emociona. É cheio e nos preenche de você e de mim. É, talvez, um abraço implícito e eterno de dois espíritos que se esquentam, quando tudo esfria, e se secam em transpiração mútua. É um conceito que ainda não escreveram. Um nome que não conseguiram inventar. Porque só nós conhecemos. E dispensa explicações. Porque só a nós interessa e, em silêncio, já entendemos, com invejável perfeição. É este abraço assim - maciço e poroso, livre em seus mais fortes elos. É quase pornô e, mesmo assim, de imensurável pureza. Nem mais, nem menos. É transcendental e é daqui. É o que é: somos nós.
A Bebel me deixa com cara de pastel
Pastel de vento
Que é pra voar lá longe
Onde a tristeza nunca vai me alcançar.
*Pedro Antônio de Oliveira*
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